O the punk
remains the same já nasceu histórico. um festival que reuniu um cast de grandes
nomes do punk/hardcore como G.B.H.(UK), Ratos de Porão, e Total chaos (U.S.). Seguindo
a linha dessa escalação sonora para o fim do mundo, temos o Karne Krua, Rotten Flies, Facada, Juventude
Maldita, Cachorro da doença e subversivos . Graças ao apoio da Paganus Prod. e
a Cronos o Reunion Underground foi autorizado a cobrir esse grandioso evento na
capital pernambucana. Vale salientar que a organização do festival está de parabéns
por esse projeto audacioso e que espero brevemente uma continuidade. Pernambuco
já é consolidado nos eventos de Metal e o
the punk remains the same veio para também mostrar que o Punk Rock e o Hardcore
também devem ser tratados com a magnitude que esses estilos representam para a
história do som pesado.
Infelizmente não
foi possível chegar ao clube náutico Capibaribe a tempo de ver as bandas
cachorro da doença e subversivos, portanto o artigo irá focar as outras
atrações. Cheguei na hora da banda paraibana Rotten Flies, já veterana na cena
deram uma geral em seu repertório com músicas das antigas demos e do CD mais
recente. Logo após vem a lendária banda de Aracaju – Sergipe, o Karne Krua
capitaneados por Silvio, eles fizeram um show extremamente pesado com uma grande
performance de palco. Na sequência a banda de são Paulo Juventude Maldita
mostraram um som punk rock cheio de energia e garra. Eles já estão batalhando
um certo tempo na cena e na minha opinião fiquei surpreendido com a banda ao
vivo. Sonoramente eles me remetiam ao Garotos podres e ao Fogo Cruzado e essa influência
foi confirmada com o cover de delinquentes do Fogo Cruzado e Grândola vila
morena do 365, foi um grande show.
Os americanos
do Total Chaos fizeram show impecável com muita fúria. Grande presença de palco
e os integrantes interagiram muito com o público, principalmente fora do palco.
Logo após essa devastação sonora atômica chegaria a vez de um dos maiores nomes
da história do punk: G.B.H. Colin, Jock e Ross Comandaram a linha de frente que
marchava a sua fúria através dos clássicos give me fire, lycanthropy, no
survivors, the old school of self destruction, big women com a participação de
João Gordo do Ratos de Porão, sick boy, city baby... sinceramente, eu achava
que iria morrer trucidado em meio a tantos disparos musicais!
Os Cearenses
do Facada trouxeram mais ódio e brutalidade para o público recifense insano e
sedento por som pesado. Já me faltava forças físicas para aguentar aquela
chacina do apocalipse. O Facada na minha opinião é uma das maiores bandas desse
país. Depois de um tempo para a público recuperar as energias e verificar os
sinais vitais, sobem ao palco a maior lenda da américa latina e com certeza, um
dos pilares do punk/metal mundial: RATOS DE PORÃO. Começou um novo ataque
radioativo supersônico, a roda de pogo mais parecia uma serra elétrica
desgovernada levando destruição e caos a cada música. O set list Foi baseado nos discos Cada dia mais sujo e
agressivo que esse ano comemora 30 anos desse artefato imortal do cenário
brasileiro e do álbum R.D.P. vivo que na minha humilde opinião é um dos
melhores álbuns ao vivo da história. Tatoo maniac, ignorância, crise geral,
peste sexual, sentir ódio e nada mais, beber até morrer, crucificados pelo
sistema, expresso da escravidão, morrer... um verdadeiro desfile de munições
dissonantes que exterminariam a besta do armagedom. Impressionante foi eu sair
vivo desse evento que entrou para a história do underground nordestino. Longa vida
a todos os guerreiros da Cronos e da Paganus pelo suporte. “o movimento punk
nunca há de morrer”.